Muitas pessoas querem emagrecer, mas não conseguem fazer as mudanças necessárias e vivem em busca de soluções milagrosas que prometem perder peso sem esforço. O ganho de peso é multideterminado por fatores biológicos, hábitos estabelecidos na história de vida e cultura. Vou focar aqui em pessoas que o sobrepeso tem produzido sofrimento comprometendo a sua vida.
As pessoas, em sua maioria, ou vivem de dieta ou fora delas, restringem por demais ou liberam completamente… e a consequência disso é o famoso efeito sanfona e muito sofrimento.
O foco do terapeuta está nos fatores psicossociais que estão relacionados ao comportamento alimentar das pessoas.
O alimento é necessário para a nossa sobrevivência, mas ao longo da nossa história de vida ele passa a ser muito mais que isso. Ou seja, não comemos apenas quando estamos com fome, comemos também porque produz prazer ou alívio. A comida então ganha diversas funções além de, verdadeiramente, nos alimentar: come-se porque está cansado, ansioso, com raiva, triste, sentindo-se sozinho ou comemorando algo. Alguém se identificou? Não há como negar que comer algo apetitoso é delicioso, é um prazer imediato e fácil de termos acesso, o problema é quando isso passa a ser muito frequente e, a médio e longo prazo, produz insatisfação por causa do ganho de peso. É importante identificarmos quais as funções que o alimento adquiriu para cada pessoa.
Algumas perguntas podem te levar a refletir sobre a sua relação com a comida:
– Há fatores que fazem você comer em excesso? Quais são os gatilhos para a sua ingestão alimentar excessiva?
– Tem algum horário do dia ou da sua semana que você se percebe comendo mais? O que está acontecendo com você neste momento? O que está pensando e como está se sentindo?
Em síntese, mudar o comportamento alimentar implica em: mudar a função deste comportamento, desenvolver auto-observação, autoconhecimento, desenvolver autocontrole, engajar em outras atividades na vida que produzam bem estar.
Claro que muitas pessoas precisam somente aprender a se alimentar bem, nesse caso, a ida ao nutricionista já fará atingir o seu objetivo de mudança do peso corporal. No entanto, para outras pessoas, um processo terapêutico irá auxiliar no processo de mudança, quando percebe-se uma relação direta entre o comer e as emoções. Vamos imaginar uma pessoa que está muito insatisfeita com a sua vida, tem poucas situações que faz sentir-se bem, tem poucas e superficiais relações com outras pessoas, sente-se sozinha, anda muito cansada de tudo… Imaginou? Essa pessoa tenta por diversas vezes seguir um plano alimentar nutricional, mas não consegue. No entanto, os poucos momentos de satisfação que possui é quando está comendo as coisas que gosta de comer e que engordam. Imagine o quanto é difícil para essa pessoa abrir mão dos poucos momentos de prazer que ela tem na vida. Percebem que tem muitos outros comportamentos que precisam também mudar, além do comportamento de comer? É preciso produzir bem estar na vida, engajar em atividades prazerosas, alterar contingências incômodas que produzem sentimentos desagradáveis, quando não é possível mudar situações desagradáveis presentes na vida, pode-se desenvolver habilidades para lidar com essas situações, sem que para isso a comida seja o método de alívio.
Conhecer a função do comer na sua vida e aprender ações efetivas para mudar, faz toda a diferença. O acompanhamento com o Psicólogo ter ajudará nesse processo!
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